Cirurgia Robótica: Uma vantagem do robô é que os movimentos são mais precisos

Artigo publicado na Revista Bem-Estar, do jornal Diário da Região, edição de 14/10/2018.

Professor doutor, Roberto Luiz Kaiser Júnior.

Ao escutar o termo “Cirurgia Robó­tica” pode levar à imaginação um Androide como o C-3P0 do filme “Guerra nas Estrelas” de avental, gorro e máscara no centro cirúrgico.

Robôs cirúrgicos são somente vários braços mecânicos para que minúsculas ferramentas, sensores e câmeras possam ser acoplados a eles. Esses braços são controlados por médicos humanos. No caso de uma cirurgia abdominal como uma Cirurgia Bariátrica, a um desses braços é acoplado uma câmera.

As imagens dos órgãos internos do corpo gerados por essa câmera são transmiti das em alta definição, 3D e de qualidade ampliada para um monitor, facilitando o trabalho do cirurgião humano.

Os demais braços ajudam na realização do procedimento cirúrgico. Uma outra vantagem do robô é que os movimentos são mais precisos, minimizando o trauma aos tecidos internos.

Cirurgia Robótica

A história da cirurgia robótica em desde 1985, mas vem ganhando mais es­paço na medicina com o aperfeiçoamento dos braços, softwares, dos sensores e das pinças.

Foi a partir do ano de 2000, após a Aprovação do FDA (Food and Drug Ad­ministration) os Estados Unidos, que operar utilizando um robô (Sistema Cirúr­gico da Vinci®), vem sendo realizada com sucesso em vários procedimentos, incluin­do a cirurgia bariátrica.

Na atualidade a cirurgia robótica já permite ao cirurgião a realização de cirurgias complexas com o acesso videolaparoscópico, ou seja, só com pequenos orifícios.

Assim, permite ao paciente uma recupe­ração mais rápida, retorno mais precoce a suas atividades e cicatrizes menores do que o acesso convencional.

Cirurgia bariátrica

Para cirurgia bariátrica aconselha-se o robô em pacien­tes com um alto Índice de Massa Corporal (IMC) e outras condições médicas relacio­nadas à obesidade.

Um ato muito marcante relacionado ao robô aconteceu em 1999 onde um cirur­gião bariátrico de origem Canadense rea­lizou no Hospital Mount Sinai em Nova York uma Colecisectomia Robótica. O que há de novo isso? O paciente estava na Universidade Louis Pasteur, em Strasbourgo na França, sendo operado por um Robô, na época com 3 braços.

Ele coman­dava os movimentos dos braços do robô lá de Nova York. Foi utilizado um moderno sistema de fibra ótica que comunicava o ci­rurgião ao robô.

Essa foi a primeira Trans­continental Telecirurgia Remota Assistida por Robô em humano e está registrada no livro dos recordes.

Perspectivas futuras em relação ao robô?

Operar astronautas já não é mais um problema, mas voltando à ideia do filme “Guerra nas Estrelas”, cada vez mais eles vêm sendo aperfeiçoados e ganhando mais segurança, principalmente nos movimen­tos delicados. Quem sabe um dia ganhe também pernas e nos encontremos no ves­tiário cirúrgico.

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