Devido às altas taxas de colesterol na população, a Sociedade Brasileira de Cardiologia alterou os valores de referência para colesterol.
Atualmente, pacientes com risco cardíaco muito alto devem ter o colesterol LDL (ruim) abaixo de 50 mg/dl. Pessoas que não têm fatores de risco podem ter o índice de até 130 mg/dl.
Já para colesterol total, o desejável é que fique abaixo de 190 mg/dl. E o HDL colesterol (bom) deve ficar acima de 40 mg/dl.
São considerados pacientes de risco cardíaco muito alto os que já tiveram enfarto, derrame ou amputação da perna por doença na artéria.
Os números fazem parte da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose.
Pessoas magras também podem ter colesterol, porém, os que estão acima do peso ou obesos, se alimentam de maneira inadequada, são sedentários e fumantes, correm um risco maior de ter problemas de saúde aliados ao colesterol alto.
Colesterol
Embora pouco se fale a respeito, o colesterol é um conjunto de gorduras necessário para que o organismo exerça algumas funções, entre elas a produção de determinados hormônios. Ou seja, ele é necessário, desde que ingerido de forma equilibrada.
Estima-se que 40% da população esteja com os níveis de colesterol fora do indicado.
O HDL é chamado popularmente de colesterol bom. Sua função é retirar o excesso de colesterol da circulação e levá-lo para o fígado.
Já o LDL é conhecido como colesterol ruim. Ele transporta o colesterol para os tecidos e facilita a deposição de gorduras nos vasos sanguíneos, podendo entupi-los o que causa, por exemplo, um infarto.
Aproximadamente 70% do colesterol no sangue vêm do fígado e 30% da alimentação. Depois de passar pela circulação sanguínea, o colesterol precisa ser removido novamente pelo fígado para formar bile.
Em geral, níveis altos de colesterol não apresentam sintomas, e quando são notados já causaram grandes danos como infarto, acidente vascular cerebral e arteriosclerose.
Os níveis do colesterol são medidos através de exame de sangue.
Prevenção e Tratamento
O atual consumo exagerado de gorduras saturadas e trans têm ajudado na subida do colesterol ruim.
Biscoitos recheados, sorvetes, frituras, carnes vermelhas e gordurosas, pele de aves, bacon e embutidos devem ser evitados, ou riscados do cardápio.
Já para aumentar o colesterol bom é importante investir no consumo de fibras, como frutas e cereais, azeite de oliva, semente de linhaça, abacate e castanhas, que são fontes de antioxidantes.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia é importante prevenir o colesterol, evitando seu aparecimento, e isso deve seguir por toda vida. Só assim é possível reduzir os riscos cardiovasculares.
Porém, quando o colesterol já está instalado o tratamento inclui mudança no estilo de vida, com prática regular de atividade física, alimentação equilibrada e perda de peso, além do uso de estatinas, que é a medicação mais importante no controle das taxas.
A cada 40mg/dL de colesterol LDL reduzido, a mortalidade por infarto se reduz em 20%.
Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde/ Ministério da Saúde; Blog da Saúde/ Ministério da Saúde; Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e Estadão (link – Saúde)