Especialistas falam sobre a avaliação psicológica para cirurgia bariátrica

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Psicólogas do Centro de Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP explicam a importância do psicólogo no procedimento

O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe Helenice Brizolla Giampietro e Lídia Barbieri Belarmino Baumgartner, psicólogas do Centro de Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre os aspectos psicológicos da cirurgia bariátrica. Na entrevista, explicam qual o papel da avaliação psicológica para a realização da cirurgia e falam sobre os efeitos psicológicos após o procedimento.

Papel do psicólogo na cirurgia bariátrica

Segundo Lídia, no processo da cirurgia bariátrica, o psicólogo tem o papel de conscientizar o paciente sobre os riscos e as “expectativas mágicas”, normalmente esperadas para o “emagrecimento rápido e fácil”. A psicóloga adianta que é preciso planejamento e preparação para o procedimento, visto que também existem critérios psicológicos “de indicação e contraindicação” para a cirurgia.

Avaliação psicológica para a cirurgia bariátrica

A psicóloga Helenice informa que a avaliação psicológica é um procedimento obrigatório para a cirurgia bariátrica. É através dela que os especialistas auxiliam os pacientes a diferenciarem “o que é fome” e “o que é vontade de comer”, por exemplo. Além disso, também consideram a presença de transtornos psicológicos como a depressão, a ansiedade e a compulsão alimentar; nesses casos, seguem os protocolos necessários, sempre contando com “ajuda multidisciplinar”. As psicólogas comentam, ainda, outras situações de restrição para a cirurgia e as consequências do abandono do tratamento pós-operatório para o paciente.

Efeitos psicológicos pós-cirurgia bariátrica

Como queixas iniciais dos pacientes após o procedimento, Lídia aponta a queda de cabelo e unhas, ansiedade, irritabilidade, insegurança de parceiros, melhora do casamento e vida sexual ou, ao contrário, diminuição da libido e também a “dificuldade de se enxergar magro”.

Mesmo no pós-operatório tardio, Lídia afirma ser “importante trabalhar essa nova identidade” para que o paciente “não faça boicotes e volte aos antigos hábitos”, já que há possibilidade do desenvolvimento de distúrbio de imagem. Segundo as especialistas, a mudança na relação com os alimentos também está entre as possíveis complicações psicológicas após a cirurgia bariátrica.

Fonte: Jornal da USP – Saúde sem complicações