Existem restrições alimentares específicas para quem está tratando a obesidade com medicamentos?

Por mais que um paciente esteja tratando a obesidade com medicamentos, esse é apenas um aspecto do tratamento, que deve ser mais completo. Afinal, se ele continuar se alimentando mal, o remédio não dará conta, sozinho, da perda de peso. É necessário que o fármaco atue em paralelo com uma dieta equilibrada e saudável, além da prática de atividades físicas regulares.

Importância da associação entre tratamento medicamentoso e terapia nutricional

“O médico precisa deixar claro ao paciente que o medicamento, alopático ou fitoterápico, deve ser um apoio, um coadjuvante à educação nutricional. Não adianta perder peso somente pelo medicamento e depois observar o reganho (efeito sanfona), quando o paciente não aprendeu a comer. Vale ressaltar que este aprendizado deve ser individualizado e prazeroso, sem sofrimento para o paciente”, comenta a nutricionista Ana Paula Moura.

A profissional aponta a obesidade mórbida (índice de massa corporal acima de 40) como exemplo de situação em que o tratamento só tem chances de sucesso se, além dos medicamentos, forem adotados hábitos alimentares mais saudáveis. “O tratamento medicamentoso é de extrema importância, mas só vai funcionar com excelência junto à terapia nutricional individualizada”, frisa a médica.

Importância da atuação do médico no tratamento contra a obesidade

Normalmente, quem chega ao nível de obesidade encontra muita dificuldade para se adaptar a novos hábitos, sejam eles alimentares ou em termos de atividade física. Por isso, é importante ter o acompanhamento de um nutricionista. “O mesmo profissional que recomenda o tratamento medicamentoso pode traçar uma meta, um plano alimentar adaptado ao dia a dia do paciente, no qual ele se sinta confortável e feliz com a rotina alimentar”, diz Ana Paula.

Dependendo do princípio ativo dos medicamentos, pode ser que algum alimento tenha que ser evitado, por conta de uma possível reação que seja ruim para a saúde do paciente ou para o efeito do remédio. “Neste caso, o médico deve avaliar qual o medicamento utilizado e orientar o paciente se algum alimento terá que ser evitado”, completa.

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